11 de nisã
É de manhã cedo, e Jesus e seus discípulos já estão em caminho a Jerusalém, passando pelo monte das Oliveiras. Chegando ao templo, os principais sacerdotes e os anciãos confrontam logo a Jesus. Ainda estão bem lembrados das ações dele contra os cambistas e os vendedores no templo. Seus inimigos perguntam malevolamente: “Com que autoridade fazes estas coisas? E quem te deu esta autoridade?” “Também eu vos pergunto uma coisa”, responde Jesus. “Se ma disserdes, também eu vos direi com que autoridade faço estas coisas: O batismo de João, donde se originou? Do céu ou dos homens?” Ajuntando-se, os opositores raciocinam: “Se dissermos: ‘Do céu’, ele nos dirá: ‘Então, por que não acreditastes nele?’ Se, porém, dissermos: ‘Dos homens’, temos a multidão para temer, porque todos eles consideram João como profeta.” Confusos, respondem francamente: “Não sabemos.” Jesus responde calmamente: “Tampouco eu vos digo com que autoridade faço estas coisas.” — Mateus 21:23-27.
“Um covil de salteadores” |
Os inimigos de Jesus procuram agora enlaçá-lo para dizer algo pelo qual o possam prender. “É lícito ou não”, perguntam, “pagar a César o imposto por cabeça?” “Mostrai-me a moeda do imposto por cabeça”, retruca Jesus. Ele pergunta: “De quem é esta imagem e inscrição?” Dizem: “De César.” Deixando-os perplexos, Jesus diz claramente aos ouvidos de todos: “Portanto, pagai de volta a César as coisas de César, mas a Deus as coisas de Deus.” — Mateus 22:15-22.
Tendo silenciado seus inimigos com uma argumentação irrefutável, Jesus passa agora para a ofensiva, diante das multidões e dos seus discípulos. Escute-o denunciar destemidamente os escribas e os fariseus. “Não façais segundo as ações deles”, diz ele, “pois dizem, mas não realizam”. Firmemente, ele profere uma série de ais contra eles, identificando-os como guias cegos e hipócritas. “Serpentes, descendência de víboras”, diz Jesus, “como haveis de fugir do julgamento da Geena?” — Mateus 23:1-33.
Essas denúncias fulminantes não significam que Jesus não se apercebe dos pontos bons de outros. Mais tarde, ele vê pessoas lançar moedas nos cofres de tesouro do templo. Como é tocante ver uma viúva necessitada lançar neles todo o seu meio de vida — duas pequenas moedas de muito pouco valor! Com cordial apreço, Jesus salienta que, na realidade, ela lançou neles muito mais do que todos os que haviam feito contribuições generosas “do que lhes sobrava”. Na sua terna compaixão, Jesus aprecia profundamente o que for que a pessoa é capaz de fazer. — Lucas 21:1-4.
Jesus sai agora do templo pela última vez. Alguns dos seus discípulos mencionam a magnificência do templo, “adornado com pedras excelentes e com coisas dedicadas”. Para a surpresa deles, Jesus responde: “Virão os dias em que não ficará aqui pedra sobre pedra sem ser derrubada.” (Lucas 21:5, 6) Enquanto os apóstolos seguem Jesus para fora da cidade congestionada, eles se perguntam o que queria dizer com isso.
Pois bem, um pouco mais tarde, Jesus e seus apóstolos estão sentados, usufruindo a paz e o sossego do monte das Oliveiras. Diante da esplêndida vista de Jerusalém e do templo, Pedro, Tiago, João e André procuram obter esclarecimento da surpreendente predição de Jesus. “Dize-nos”, querem saber: “Quando sucederão estas coisas e qual será o sinal da tua presença e da terminação do sistema de coisas?” — Mateus 24:3; Marcos 13:3, 4.
Em resposta, o Instrutor-Mestre fornece uma profecia realmente notável. Ele prediz severas guerras, terremotos, escassez de víveres e pestilências. Jesus prediz também que as boas novas do Reino serão pregadas em toda a Terra. “Então”, adverte ele, “haverá grande tribulação, tal como nunca ocorreu desde o princípio do mundo até agora, não, nem tampouco ocorrerá de novo”. — Mateus 24:7, 14, 21; Lucas 21:10, 11.
Os quatro apóstolos prestam atenção enquanto Jesus considera outros aspectos do ‘sinal da sua presença’. Ele enfatiza a necessidade de se ‘manterem vigilantes’. Por quê? “Porque”, diz ele, “não sabeis em que dia virá o vosso Senhor”. — Mateus 24:42; Marcos 13:33, 35, 37.
Este tem sido um dia inesquecível para Jesus e para seus apóstolos. De fato, é o último dia do ministério público de Jesus antes de ele ser preso, julgado e executado. Visto que já está ficando tarde, começam a voltar a Betânia pelo caminho curto por cima do morro.
Fonte: Página oficial das Testemunhas de Jeová
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